sábado, janeiro 27, 2007

Nova casa em http://14demarco.blogs.sapo.pt/

Há dez meses que decidimos criar este pequeno e modesto canto de escrita. O objectivo era escrever e publicar tudo aquilo que a nossa vontade ordenasse, sem temer críticas ou censuras,o que foi acontecendo com regularidade.
Apesar de esta ser a nossa primeira casa "blogática", e a primeira casa nunca se esquece, resolvemos constuir uma nova habituação para os nossos textos e opiniões.
Não fica muito longe, e acho que aqueles que gastavam algum do seu precioso tempo a ler a modesta prosa do http://catorzedemarco.blogspot.com/ vão também perder alguns minutos a visitar o novo catorze de março.
Decidimos não deslocalizar o nosso primeiro blog, é uma questão de princípio que resolvemos também adoptar na blogosfera, mas não fomos suficientemente corajosos para o apagar definitivamente. Assim sendo, o velho catorze de março vai manter-se on-line para quando a saudade bater...
Estamos por AQUI! Venham visitar-nos!!

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Direito ao contraditório/resposta a MST

No número 1784 do Jornal Expresso, publicado no passado dia 6 de Janeiro, o colunista Miguel Sousa Tavares desferiu um violentíssimo ataque contra os professores (que não queriam fazer horas de substituição), assim como contra os médicos (que passavam atestados falsos) e contra os juízes (que, na relação laboral, pendiam para os mais fracos e até tinham condenado o Ministério da Educação a pagar horas extraordinárias pelas aulas de substituição).
Em qualquer país civilizado, quem é atacado tem o direito de se defender. De modo que a professora Dalila Cabrita Mateus, sentindo-se atingida, enviou ao Director do Expresso, uma carta aberta ao jornalista Miguel Sousa Tavares. Contudo, como é timbre dum jornal de referência que aprecia o contraditório, de modo a poder esclarecer devidamente os seus leitores, o Expresso não publicou a carta enviada. Aqui vai, pois, a tal Carta Aberta, que circula pela Net. Para que seja divulgada mais amplamente, pois, felizmente, ainda existe em Portugal liberdade de expressão.
Não é a primeira vez que tenho a oportunidade de ler textos escritos pelo jornalista Miguel Sousa Tavares. Anoto que escreve sobre tudo e mais alguma coisa, mesmo quando depois se verifica que conhece mal os problemas que aborda. É o caso, por exemplo, dos temas relacionados com a educação, com as escolas e com os professores. E pensava eu que o código deontológico dos jornalistas obrigava a realizar um trabalho prévio de pesquisa, a ouvir as partes envolvidas, para depois escrever sobre a temática de forma séria e isenta.
O senhor jornalista e a ministra que defende não devem saber o que é ter uma turma de 28 a 30 alunos, estando atenta aos que conversam com os colegas, aos que estão distraídos, ao que se levanta de repente para esmurrar o colega, aos que não passam os apontamentos escritos no quadro, ao que, de repente, resolve sair da sala de aula. Não sabe o trabalho que dá disciplinar uma turma. E o professor tem várias turmas.
O senhor jornalista não sabe (embora a ministra deva saber) o enorme trabalho burocrático que recai sobre os professores, a acrescer à planificação e preparação das aulas.
O senhor jornalista não sabe (embora devesse saber) o que é ensinar obedecendo a programas baseados em doutrinas pedagógicas pimba, que têm como denominador comum o ódio visceral à História ou à Literatura, às Ciências ou à Filosofia, que substituíram conteúdos por competências, que transformaram a escola em lugar de recreio, tudo certificado por um Ministério em que impera a ignorância e a incompetência.
O senhor jornalista falta à verdade quando alude ao «flagelo do absentismo dos professores, sem paralelo em nenhum outro sector de actividade, público ou privado». Tal falsidade já foi desmentida com números e por mais de uma vez. Além do que, em nenhuma outra profissão, um simples atraso de 10 minutos significa uma falta imediata.
O senhor jornalista não sabe (embora a ministra tenha obrigação de saber) o que é chegar a uma turma que se não conhece, para substituir uma professora que está a ser operada e ouvir os alunos gritarem contra aquela «filha da puta» que, segundo eles, pouco ou nada veio acrescentar ao trabalho pedagógico que vinha a ser desenvolvido.
O senhor jornalista não imagina o que é leccionar turmas em que um aluno tem fome, outro é portador de hepatite, um terceiro chega tarde porque a mãe não o acordou (embora receba o rendimento mínimo nacional para pôr o filho a pé e colocá-lo na escola), um quarto é portador de uma arma branca com que está a ameaçar os colegas. Não imagina (ou não quer imaginar) o que é leccionar quando a miséria cresce nas famílias, pois «em casa em que não há pão, todos ralham e ninguém tem razão».
O senhor jornalista não tem sequer a sensibilidade para se por no lugar dos professores e professoras insultados e até agredidos, em resultado de um clima de indisciplina que cresceu com as aulas de substituição, nos moldes em que estão a ser concretizadas.
O senhor jornalista não percebe a sensação que se tem em perder tempo, fazendo uma coisa que pedagogicamente não serve para nada, a não ser para fazer crescer a indisciplina, para cansar e dificultar cada vez mais o estudo sério do professor. Quando, no caso da signatária, até podia continuar a ocupar esse tempo com a investigação em áreas e temas que interessam ao país.
O senhor jornalista recria um novo conceito de justiça. Não castiga o delinquente, mas faz o justo pagar pelo pecador, neste caso o geral dos professores penalizados pela falta dum colega.
Aliás, o senhor jornalista insulta os professores, todos os professores, uma casta corporativa com privilégios que ninguém conhece e que não quer trabalhar, fazendo as tais aulas de substituição.
O senhor jornalista insulta, ainda, todos os médicos acusando-os de passar atestados, em regra falsos.
E tal como o Ministério, num estranho regresso ao passado, o senhor jornalista passa por cima da lei, neste caso o antigo Estatuto da Carreira Docente, que mandava pagar as aulas de substituição.
Aparentemente, o propósito do jornalista Miguel Sousa Tavares não era discutir com seriedade. Era sim (do alto da sua arrogância e prosápia) provocar os professores, os médicos e até os juízes, três castas corporativas. Tudo com o propósito de levar a água ao moinho da política neoliberal do governo, neste caso do Ministério da Educação.
Dalila Cabrita Mateus, professora, doutora em História Moderna e Contemporânea
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quarta-feira, janeiro 24, 2007

Papa não vem a Portugal...

Foi com assinalável preocupação que li esta notícia. Pelos vistos, O Papa não vem a Portugal como forma de retaliação contra o Governo de Sócrates. Os senhores do Vaticano ficaram ofendidos com inúmeros gestos do Governo Português - questão do protocolo de estado, retirada dos crucifixos das escolas -, tendo sido o referendo à interrupção voluntária de gravidez a gota de água. Desta notícia, em que se relatam os "ataques" de Sócrates à igreja e as respectivas "reacções", permito-me destacar a constante colagem que é feita entre a igreja e os partidos de direita. Se fosse de direita, sentir-me-ia mal ao ser conotado constantemente com uma instituição tão pervertida como a igreja católica. E digo isto aos berros, porque estou cansado de paninhos quentes e de pseudo-diplomacia.

EDP quer usar tarifas para pagar rescisões

Ainda não sei bem que nome dar a isto. Capitalismo selvagem? Neoliberalismo no seu auge? Talvez apenas vergonhoso..

quinta-feira, janeiro 18, 2007

revista de imprensa

Segundo avança o portal Diário Digital, O Irão, pouco após a invasão do Iraque em 2003, propôs aos Estados Unidos não apoiar o Hezbollah e o Hamas em troca da paragem da atitude hostil das autoridades norte-americanas e das sanções contra a república islâmica.
Mas um tal de Dick Cheney rejeitou-a, porque, e por princípio, não negoceia com o diabo...

HABEAS CORPUS!!!!!!

Aqui manifesto a minha revolta e indignação! A Justiça é uma miragem, uma MENTIRA!

Laços de sangue?!


Habeas corpus!!!!! (para subscrever: fernandojosesilva@portugalmail.pt)

quarta-feira, janeiro 17, 2007

É para facilitar

O Governo prentede que os alunos até ao 6º ano tenham um professor único.. Valter Lemos diz que é para facilitar. O catorzedemarço sabe que uma nova proposta do Governo de Sócrates está caminho: criação de um partido único! Segundo a nossa fonte, "é para facilitar!"

O melhor de José

A minha afirmação favorita é a última ...

domingo, janeiro 14, 2007

Até quando?

A União Soviética foi a primeira a legalizar o aborto em 1920. Reconheceu-se o direito da mulher russa para interromper uma gravidez não desejada em relação a problemas de saúde e também por outros motivos. Os países escandinavos começaram a liberalizar o direito ao aborto na década de 1930. A Islândia começou em 1935, seguida da Suécia em 1938. A Dinamarca em 1939 e finalmente a Finlândia e a Noruega em 1950 e 1960. Em 1968 aprovou-se uma legislação liberal do aborto no Parlamento Britânico.
Em 1975, o resto dos países da Europa Ocidental tinham leis restritivas. Neste tempo, a Austrália aprovou uma lei que permitia o aborto durante o primeiro trimestre e a França autorizou o aborto por solicitação durante as primeiras dez semanas de gravidez, sujeito a várias condições.
Em seguida foi a República Federal Alemanha em 1976, a Itália em 1978 e a Holanda em 1981. Em África, ao sul do Sara, sem contar com a África do Sul, as políticas restritivas introduzidas durante o domínio colonial ainda existente, excepto na Zâmbia; em 1972, esta última aprovou uma lei semelhante à lei britânica sobre o aborto.


http://www.aborto.com/htm/legislacion.htm

Novamente o liberalismo...

...e a sua componente ditatorial!


Rendida ao liberalismo, Zita (Seabra) diz que Cunhal a marcou para a vida, elogia Ratzinger e admite ter tiques de ditadora.

(in Expresso, n.º 1785, 13 de Janeiro de 2007)

sábado, janeiro 13, 2007

Só a tiro...

A campanha do esclarecimento do NÃO anda a perder a cabeça..
Só visto! Contado ninguém acredita...

(In) Justiças

Se isto for mesmo assim, é grave..
E Portugal é mesmo um país perigoso.

Azias..


Este post vem quase com uma semana de atraso, mas só agora me passou a azia...
Reconhecem esta cara? Pois é..
Os homens saíram de Alcântara às sete da matina para virem à invicta mostrar como se faz..

Se nós não gostarmos de nós, quem gostará?

Bem sei que os nossos tecnocráticos governantes, como Sócrates, podem ir a França em pleno aniversário das batalhas da I Guerra em que morreram portugueses e não visitar, ou fazer qualquer coisa que lembrasse, os portugueses que lá estão sepultados. Nem ingleses, nem americanos, nem canadianos, nem franceses, nem belgas, nem alemães, lhes passaria sequer pela cabeça pôr os pés num país onde estão os seus mortos em combate sem os lembrarem.

Pode-se ir à Índia sem Vasco da Gama? Talvez possa, mas para um português, não se deve. Não digo tanto “sem Vasco da Gama”, mas “sem Goa”, sem a memória da nossa identidade que lá ficou um pouco enterrada e está a cair aos bocados. Mas mesmo que já estivesse toda no chão, enterrada por desprezos diversos, o lugar está lá, as almas estão lá num canto qualquer a assombrar-nos. A história é assim: não se pode ir à Índia com inocência absoluta, nem aliás os indianos nos responderão com inocência. A história pesa.
in abrupto

Apetece dizer: Se nós não gostarmos de nós, quem gostará?

voos da CIA..

Dizer que a questão em torno dos voos ilegais da CIA é exclusivamente europeia e que, por isso, deve ser tratada nas instâncias europeias competentes é nada mais do que uma estratégia do governo socialista, apoiada por parte do partido, para se esquivar das responsabilidades que possam ter neste caso. Este assunto, também por ser europeu, mas acima de tudo por se tratar da utilização do espaço aéreo nacional, merece toda a atenção do país e todo empenho do governo de modo a que tudo seja esclarecido e atirado, de uma vez por todas, para os arquivos dos media.
No interior do Partido Socialista há muita gente a olhar de lado para o trabalho, a meu ver positivo, da eurodeputada socialista Ana Gomes. Os que o fazem revelam não só uma enorme falta de respeito pelo trabalho de uma camarada de partido, mas comprometem também a versão de que todas as informações que o executivo tem, até ao momento, são insuficientes para provar a existência desses voos. A própria bancada parlamentar dá um grande tiro no pé ao chumbar a comissão de inquérito proposta pelo PCP, segundo eles, por não ser oportuno… O mais estranho, ou talvez não, é que esta posição foi também seguida pelas bancadas do PSD e do CDS-PP…